PRIMEIRO ÚNICO SONETO DO JARDIM DO LUXEMBURGO : Pombos e pombas de todo o mundo, onde quer que vá, e pare, ronronais, rabiocantes, ante meus pés quase descalços, a quietude, a mansidão - por tudo haverdes por nada. Vós, sem voz, sempre eloquentes, timidamente dizeis que não oscile milímetros em meu ânimo ante a completude haurida a plena graça, que não vagueie de vãos afãs, antes sossegue num pulsar divino em sintonia com o coração do mundo. E que viagem termine antes de toda a partida, viagem quieta, voo estancado na melhor da altura, que, desde aqui em baixo, absoluta reside. Poeta, deixeis os comuns mortais erguerem-se e abalarem. Não os tereis mais, como outrora, suspensos do vosso olhar, esses que amaríeis um dia rever convosco no coração da cor. http://angeloochoa.net/
A Mirjana Soldo, de Medjugorje…
ResponderEliminarPRIMEIRO ÚNICO SONETO DO JARDIM DO LUXEMBURGO :
Pombos e pombas de todo o mundo, onde quer que vá, e pare,
ronronais, rabiocantes, ante meus pés quase descalços,
a quietude, a mansidão - por tudo haverdes por nada.
Vós, sem voz, sempre eloquentes, timidamente dizeis
que não oscile milímetros em meu ânimo
ante a completude haurida a plena graça,
que não vagueie de vãos afãs, antes sossegue
num pulsar divino em sintonia com o coração do mundo.
E que viagem termine antes de toda a partida,
viagem quieta, voo estancado na melhor da altura,
que, desde aqui em baixo, absoluta reside.
Poeta, deixeis os comuns mortais erguerem-se e abalarem.
Não os tereis mais, como outrora, suspensos do vosso olhar,
esses que amaríeis um dia rever convosco no coração da cor.
http://angeloochoa.net/