domingo, 9 de maio de 2010

NOSSA SENHORA DAS NEVES

Sobre ela existem várias lendas, sendo a mais vulgar a que conta que Nossa Senhora das Neves apareceu a uma senhora em cima de um castanheiro. Ainda hoje se vê no lugar do altar antigo, um pedaço do tronco em que o povo afirma ser uma relíquia do castanheiro da aparição;Na sua capela em Covelas.



Festa de Nossa Senhora das Neves - Realiza-se no 3º Domingo de Agosto (dia principal), com duração de quatro dias. Tem início na sexta-feira e termina na segunda-feira seguinte.
É uma festa caracterizada por uma forte tradição, não se sabendo exactamente a sua origem, sendo uma das maiores romarias da região, juntando grande número de peregrinos.
“Perde-se no tempo a origem da (antiga) capela e o culto prestado a Nª. Sr.ª das Neves pelos habitantes destas redondezas. Há várias lendas na mente do povo.
A mais vulgar conta que Nª. Srª. apareceu a uma pastora sobre um castanheiro. Ainda hoje se pode ver, no lugar do antigo altar, um pedaço dum tronco dum castanheiro que o povo afirma ser uma relíquia do castanheiro da aparição.
Quanto à invocação de Nª. Srª. das Neves, ao certo nada se sabe.

Terá sido por nevar muito antigamente na serra? Terá aparecido Nossa Senhora, segundo a lenda, num castanheiro nevado? Há outra lenda que liga esta invocação de Nossa Senhora das Neves à lenda de ter nevado em Roma no mês de Agosto no tempo do Papa Libério (séc: IV), delimitando a neve a Igreja de Santa Maria Maior. Com esta capela teria sucedido o mesmo porquanto, primitivamente, a festa celebra-se a 5 de Agosto, festa litúrgica de Nossa Senhora das Neves.”
(...) “Dizem-me os antigos que a mordomia da festa era de Covelas, sendo celebrada na capela e a procissão saía do recinto em direcção ao cruzamento de Vila Nova, voltando para a ermida pelo mesmo trajecto. Só a partir de 1910, a festa começou a ser feita em conjunto com os mordomos de Sambade e Covelas. Mudavam então Nª. Srª. das Neves, no primeiro Domingo de Maio, para Sambade e regressava à sua capela no dia da festa – primeiro Domingo de Agosto. Ainda hoje se conserva este costume mas, com a emigração, alterou-se a festa para o terceiro Domingo de Agosto.
Quando se faz a muda de Nª. Srª. das Neves de Covelas para Sambade, os covelenses ficam tristes por lhes levarem Nª. Srª. da sua casa, seguem-na até ao cruzamento de Covelas e aí se despedem D’Ela, vendo-se, não raro, lágrimas nos olhos de muitos. No seu regresso, no dia da festa, à tarde, aguardam-Na no mesmo lugar e saúdam-Na com renovada alegria, tendo bem estampado no rosto o júbilo de a receberem de novo. Acabou a orfandade.”

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