domingo, 16 de maio de 2010

SAMBADE ANTIGAMENTE


Igreja Matriz - Classificada como imóvel de interesse público. A sua construção inicial não é conhecida, tendo sido remodelada e ampliada no séc. XVIII (terminou em 1798), sendo um dos maiores templos existentes na região. Era um monumento que pertencia à Coroa e foi doada por D. Afonso II a D. Pedro Fernandes, no séc. XIII.Monumento de uma só nave, com cinco altares elegantes e enquadrados na estrutura do edifício.Possui dois púlpitos em granito.No oratório, na retaguarda do edifício, está a imagem de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da freguesia, uma das melhores jóias do edifício.A sua construção exterior é de estilo joanino.
A torre tem 22 metros de altura e possui relógio.Existe uma lenda relacionada com esta Igreja que consta do seguinte: «em tempos idos, na época da construção da Igreja, o pároco teria morto a sua irmã e escondido o cadáver no interior do templo. Muitos anos depois, quando ali se efectuavam escavações, foi encontrado um corpo absolutamente incorrupto, que rapidamente foi “identificado” como a tal irmã do pároco, sendo logo venerada pelos seus conterrâneos. Anos mais tarde já depois da “Santa” ter sido roubada, apareceram na igreja os ossos de uma outra mulher, que essa sim, era a inicialmente referida.»

domingo, 9 de maio de 2010

CEMITÉRIO

















NOSSA SENHORA DAS NEVES

Sobre ela existem várias lendas, sendo a mais vulgar a que conta que Nossa Senhora das Neves apareceu a uma senhora em cima de um castanheiro. Ainda hoje se vê no lugar do altar antigo, um pedaço do tronco em que o povo afirma ser uma relíquia do castanheiro da aparição;Na sua capela em Covelas.



Festa de Nossa Senhora das Neves - Realiza-se no 3º Domingo de Agosto (dia principal), com duração de quatro dias. Tem início na sexta-feira e termina na segunda-feira seguinte.
É uma festa caracterizada por uma forte tradição, não se sabendo exactamente a sua origem, sendo uma das maiores romarias da região, juntando grande número de peregrinos.
“Perde-se no tempo a origem da (antiga) capela e o culto prestado a Nª. Sr.ª das Neves pelos habitantes destas redondezas. Há várias lendas na mente do povo.
A mais vulgar conta que Nª. Srª. apareceu a uma pastora sobre um castanheiro. Ainda hoje se pode ver, no lugar do antigo altar, um pedaço dum tronco dum castanheiro que o povo afirma ser uma relíquia do castanheiro da aparição.
Quanto à invocação de Nª. Srª. das Neves, ao certo nada se sabe.

Terá sido por nevar muito antigamente na serra? Terá aparecido Nossa Senhora, segundo a lenda, num castanheiro nevado? Há outra lenda que liga esta invocação de Nossa Senhora das Neves à lenda de ter nevado em Roma no mês de Agosto no tempo do Papa Libério (séc: IV), delimitando a neve a Igreja de Santa Maria Maior. Com esta capela teria sucedido o mesmo porquanto, primitivamente, a festa celebra-se a 5 de Agosto, festa litúrgica de Nossa Senhora das Neves.”
(...) “Dizem-me os antigos que a mordomia da festa era de Covelas, sendo celebrada na capela e a procissão saía do recinto em direcção ao cruzamento de Vila Nova, voltando para a ermida pelo mesmo trajecto. Só a partir de 1910, a festa começou a ser feita em conjunto com os mordomos de Sambade e Covelas. Mudavam então Nª. Srª. das Neves, no primeiro Domingo de Maio, para Sambade e regressava à sua capela no dia da festa – primeiro Domingo de Agosto. Ainda hoje se conserva este costume mas, com a emigração, alterou-se a festa para o terceiro Domingo de Agosto.
Quando se faz a muda de Nª. Srª. das Neves de Covelas para Sambade, os covelenses ficam tristes por lhes levarem Nª. Srª. da sua casa, seguem-na até ao cruzamento de Covelas e aí se despedem D’Ela, vendo-se, não raro, lágrimas nos olhos de muitos. No seu regresso, no dia da festa, à tarde, aguardam-Na no mesmo lugar e saúdam-Na com renovada alegria, tendo bem estampado no rosto o júbilo de a receberem de novo. Acabou a orfandade.”